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Movimento de Mulheres em SG celebra o Dia da Consciência Negra

  • charodri
  • 20 de nov. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 21 de nov. de 2024

Em nome de todos os seus projetos, o MMSG reafirma a importância da resistência e memória para honrar a luta dos antepassados negros na construção de uma sociedade mais justa e igualitária



Há 35 anos, o MMSG se destaca na luta pelos direitos das mulheres negras e no combate a todos tipos de violações

Foto: Françoise Cerqueira/NEACA/ASCOM


O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) celebra o Dia da Consciência Negra e reafirma seu papel de vanguarda, há 35 anos, na luta pela resistência, honra e memória dos antepassados negros. A instituição almeja que esse dia simbólico nunca passe em vão, mas possa inspirar futuras gerações na construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Criada por meio da Lei 12.519/2011, a data se tornou um símbolo da luta contra o racismo no Brasil.


Inspirada em Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão, o 20 de novembro remete ao dia da morte desse herói negro, que representa o histórico de luta pela liberdade, direitos e justiça em todo o país. Para o MMSG, a data também enaltece e reconhece as contribuições culturais, sociais e econômicas dos afro-brasileiros, que promovem a valorização de sua identidade e história.


Forjada na luta pelas mulheres negras e garantias de direitos, o MMSG relembra os sofrimentos enfrentados durante o período da escravidão, mas também coloca em evidência a persistência de desafios que ainda afetam a população negra, como o racismo estrutural, a desigualdade social e a violência.


O MMSG reitera a importância da conscientização sobre o combate ao preconceito e a promoção da equidade racial. E, sobretudo, a missão precípua de reforçar e promover ações sociais e educativas que contemplem a pluralidade da história e da cultura brasileira representada pela população negra em todo o Brasil.


‘Vivemos um racismo de exclusão’


Para a coordenadora de projetos e gestora do MMSG, Marisa Chaves, o  dia 20 de novembro representa a luta antirracista e a resistência a todo o processo escravocrata que marcou o Brasil por três séculos. Segundo Chaves, se antes vivíamos um racismo de dominação, atualmente prevalece o racismo de exclusão, em um país onde 51% da população se declara parda ou negra e 65% dos pobres são pretos.  

 

“ Na verdade, falamos muito do 13 de maio de 1888,  data que marca a abolição da escravatura, mas pouco falamos que após a abolição iniciamos uma época instituída como racismo de exclusão. Então, se antes havia o racismo de dominação, que era a própria escravidão, vivemos agora o racismo de exclusão”, explica Marisa, que reiterou a luta histórica do MMSG pelo acesso a direitos e oportunidade às mulheres negras, que compõem 90% da atual diretoria da instituição.

‘Devemos nos aquilombar’

 

Para Chaves, a data celebra a resistência e a importância de se ‘aquilombar’ para fortalecer a luta em defesa de uma sociedade que reconheça as iniquidades e, ao mesmo tempo, seja mais propositiva, dê visibilidade e assegure o lugar de fala a todas as pessoas, independente da sua raça e etnia.


“O Movimento de Mulheres prossegue no combate à cultura racista e contribuindo para a formação de vários profissionais e da sociedade para que tenha um letramento racial e étnico em todas as suas ações e condutas no seu ciclo de convivência familiar e comunitária”, ressalta a gestora.

‘Nosso dever é não apagar o passado, mas continuar lutando ’


Já a diretora executiva do MMSG, Oscarina Siqueira, lembrou dos castigos físicos e das humilhações que se submeteram seus antepassados. Para Oscarina, a população negra precisa continuar lutando pelos seus direitos e repudiar o racismo estrutural.

 

“Jamais iremos nos submeter, novamente, a castigos físicos, humilhação, açoites nas senzalas escuras e à fome. Tudo isso foi um tempo que passou. Nosso dever é não apagar o passado, mas, ao lembrarmos, nos organizar para mostrar que aquilo era impróprio ao ser humano. O preto não é uma propriedade. Ele deve estar onde quiser. Agora temos nossos ideais, persistimos, conquistamos nossos direitos de lutar, de ser preto. Temos a consciência de buscarmos objetivos maiores do que os nossos ancestrais”, ressaltou Oscarina.

MMSG: atendimentos em três municípios


Há 35 anos, o MMSG luta contra o racismo e as violações de direitos envolvendo crianças, jovens, mulheres e idosos. Iniciado em 2024, o Projeto NEACA Tecendo Redes, que tem o apoio da Petrobras, atende demandas relativas às violências domésticas e/ou sexuais e também atua em apoio a outros projetos para capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade social.


O projeto já abrangia os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, e agora chega a Duque de Caxias com o objetivo contribuir para a promoção, prevenção e garantia dos direitos humanos de mulheres, crianças, adolescentes e jovens (até 29 anos).

 

 Em caso de ajuda, o NEACA disponibiliza seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, nos endereços e telefones abaixo:

 

NEACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)

NEACA Primeira Infância (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)

NEACA (Itaboraí)- Rua Antônio Pinto, 277, Nova Cidade. (21 98900-4246).

NEACA (CAXIAS) – Rua General Venâncio Flores, 518, Jardim 25 de Agosto. (21 96750-3095).

 
 
 

1 Comment


clpiedade123
Nov 20, 2024

Parabéns pra todos nós que fazemos sempre a diferença em todas as causas pra mulheres com garra e coragem pra um mundo melhor bjs 😘

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